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A mulher que organizou a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Favela do Moinho, em São Paulo, foi presa nesta segunda-feira (8) acusada de ligação direta com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Alessandra Moja Cunha, que se apresentava como presidente da Associação da Comunidade do Moinho, foi detida durante a Operação Sharpe, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo em parceria com as polícias Militar e Civil.
Apontada como uma das principais responsáveis por manter a influência da facção criminosa na região, Alessandra é acusada de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e extorsão de moradores. Segundo as investigações, ela usava sua posição para manipular famílias da comunidade, cobrar taxas ilegais para programas habitacionais e enviar relatórios financeiros de negócios da família ao irmão Leonardo Moja, o “Léo do Moinho”, preso em 2024.
A líder comunitária ganhou destaque em junho deste ano ao articular a presença de Lula na comunidade. Na ocasião, o presidente prometeu R$ 250 mil para construção de moradias financiadas. Alessandra também apareceu em agendas públicas ao lado do ministro Márcio Macêdo e do deputado Guilherme Boulos, o que, de acordo com o Gaeco, servia como uma forma de legitimar sua atuação política enquanto mantinha atividades criminosas ligadas ao PCC.
Com histórico criminal, Alessandra já havia sido condenada por homicídio qualificado em 2005, cumprindo parte da pena até 2019, quando conseguiu progressão ao regime aberto. Agora, volta ao centro das investigações como personagem-chave da estrutura do PCC em uma área estratégica de São Paulo, alvo do governo estadual para implantação do Parque do Moinho.
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