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A mais recente pesquisa nacional do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta segunda-feira (25), indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao segundo semestre de 2025 em situação de fragilidade eleitoral. O levantamento mostra que, se as eleições presidenciais fossem hoje, o petista perderia em um eventual segundo turno para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), além de empatar tecnicamente com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nos cenários simulados de segundo turno, Bolsonaro aparece com 44,4% contra 41,5% de Lula, diferença de quase três pontos percentuais. Já Michelle Bolsonaro soma 43,4% das intenções de voto, superando os 42,3% atribuídos ao presidente. No confronto direto com Tarcísio, o resultado é de 41,9% para cada lado, confirmando equilíbrio total. Em todos os cenários testados, o atual chefe do Executivo não consegue abrir vantagem contra seus principais adversários, e em dois deles já aparece atrás.
Quando a disputa é projetada para o primeiro turno, Lula varia entre 28,9% e 35,2%, dependendo dos candidatos incluídos. Jair Bolsonaro, Michelle e Tarcísio também apresentam índices competitivos, revelando um cenário de polarização consolidada e indicando que o pleito de 2026 tende a repetir a divisão política dos últimos ciclos eleitorais.
A pesquisa também avaliou a percepção do eleitorado em relação ao governo federal. Atualmente, 42,9% dos brasileiros dizem aprovar a administração Lula, enquanto 53,6% afirmam desaprovar. Entre os que avaliam a gestão, 11,7% a consideram “ótima” e 17,9% “boa”, mas 35,3% classificam como “péssima”. A desaprovação é mais intensa nas regiões Sul e Sudeste, enquanto no Nordeste o presidente ainda mantém maior apoio.
Os números reforçam que Lula entra na reta final do seu mandato sem a força política necessária para garantir favoritismo em 2026. Analistas apontam que a perda de espaço para Bolsonaro, a ascensão de Michelle como alternativa feminina ligada ao bolsonarismo e o crescimento de Tarcísio de Freitas como representante da direita em São Paulo ampliam as dificuldades do PT para manter-se no poder. O resultado sugere que, caso a eleição fosse realizada hoje, Lula teria sérias dificuldades para conquistar um novo mandato.
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