Da redação

Uma carreta bitrem, carregada com soja, tombou na manhã desta sexta-feira (22), em uma curva da estrada municipal E-60, em Matupá, a cerca de 30 KM do entroncamento com a BR-163.

O Nortão Agora apurou que o veículo articulado não conseguiu contornar a curva que é bastante acentuada.

A falta de manutenção adequada fez com que o cascalho, antes existente em longos trechos da estrada, desaparecesse.

Devido a este fato, a carreta deslizou, saiu do eixo da rodovia e tombou lateralmente.

O motorista sofreu ferimentos e foi levado ao Hospital Municipal de Matupá.

Não há informação sobre o quadro clínico dele.

No final da tarde deste sábado(23) a carga foi recolhida e a carreta retirada do local.

Reclamações

A situação da Estrada E-60 tem sido motivo de muita reclamação por parte de motoristas.

Já nos primeiros quilômetros a partir da BR-163, os buracos dificultam o tráfego e tornam o fluxo de veículos mais lento.

Foi exatamente nesse trecho que no final do mês de agosto membros da administração municipal gravaram vídeos, publicados nas redes sociais, anunciando a recuperação.

No entanto, segundo alguns motoristas, ao invés de cascalho o material utilizado é considerado de baixa qualidade, ou seja, de 2ª e 3ª categoria, incapaz de suportar o tráfego pesado registrado atualmente na E-60.

A importância da Divisa Norte

As curvas bastante fechadas ao longo da E-60 e outros desafios reforçam a necessidade urgente de conclusão das obras da Estrada Divisa Norte, que na administração do ex-prefeito Valtinho Miotto, vinha sendo preparada para ser entregue ao Governo do Estado afim de ser pavimentada.

A estrada, que divide os municípios de Matupá e Guarantã, recebeu pesados investimentos na administração passada, com detonação de rochas, cortes de serras, eliminação de curvas além da construção de pontes e bueiros de concreto construídos nos padrões do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), ficando praticamente pronta para receber o asfalto.

Ao Nortão Agora, o ex-gestor disse que faltou pouco, menos de 5%, para que a estruturação da Divisa Norte, visando a pavimentação asfáltica fosse totalmente concluída.

Ainda assim, o trecho que recebeu infraestrutura, que vai da ponte sobre o Rio Peixotinho 01 até a BR-163,  já vem sendo utilizado por produtores rurais estabelecidos ao longo da Divisa Norte e também das localidades da Páscoa 05 e 06 do vizinho município de Guarantã do Norte.

Conforme Valtinho, a Estrada Divisa Norte vinha sendo preparada para atender a classe produtora de uma vasta região, incluindo a E-60, as Glebas União/Padovani, Vida Nova 02 e o grande Vale do Iriri, que abrange os municípios de Matupá e Peixoto de Azevedo.

Ainda de acordo com ele, ao idealizar a estruturação, estadualização e pavimentação da Divisa Norte, o objetivo principal é oferecer à população desta região uma rodovia segura, praticamente sem curvas e com trajeto mais curto em relação a E-60, diminuindo sobremaneira os riscos de acidente e por consequência, preservando vidas.

A economia se fortalece e exige mais investimentos em infraestrutura

Para Miotto, na medida que o agronegócio se expande e a economia regional se fortalece, o tráfego de veículos, principalmente do transporte pesado aumenta, não sendo possível imaginar as estradas vicinais como antigamente, quando só transitavam algumas caminhonetes ou mesmo caminhões de pequeno porte com algumas cabeças de gado.

Conforme Valtinho, é preciso acompanhar este desenvolvimento, preparando e estruturando as estradas para garantir o tráfego pesado de carretas articuladas que transportam milho, soja e outros produtos, além das carretas boiadeiras que levam dezenas de cabeças de gado de uma única vez.

O ex-gestor de Matupá concluiu dizendo que estradas como a E-60 precisam estar em boas condições não apenas no período de estiagem, mas principalmente no período chuvoso que é quando a maior parte da produção do município precisa ser escoada.