Neste domingo (7), a equipe diplomática do México deixou Quito depois da rachadura nas relações com o Equador após a invasão policial à sua embaixada na noite de sexta-feira (5) para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, informou o Ministério das Relações Exteriores mexicano. “Nosso pessoal diplomático deixa o Equador e volta para casa com a cabeça e o nome do México erguido após um ataque à nossa embaixada”, informou na rede social X (antigo Twitter), a ministra das Relações Exteriores, Alicia Bárcena. Segundo as autoridades, o grupo é composto por 18 pessoas, viaja por uma companhia aérea comercial, depois de ter sido excluído o envio de um avião militar devido às tensões.

No aeroporto de Quito, os funcionários e suas famílias foram acompanhados pelos embaixadores da Alemanha, Panamá, Cuba e Honduras, bem como pelo presidente da Câmara de Comércio Equador-México, informou o Ministério das Relações Exteriores do México em outra mensagem.

A partida dos diplomatas ocorre tempos depois do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ter divulgado o rompimento de relações devido à entrada da polícia na embaixada, um acontecimento sem precedentes que foi mal visto pelos países latino-americanos e também pelos Estados Unidos, Espanha e União Europeia. A Organização dos Estados Americanos (OEA) e as Nações Unidas também rejeitaram esta ação, que segundo eles, viola a “inviolabilidade” das instalações diplomáticas consagrada na Convenção de Viena de 1961.
Glas, que é procurado pela Justiça do seu país por acusações de corrupção, estava refugiado na sede diplomática mexicana desde dezembro de 2023.

O único voo direto de Quito para a Cidade do México tem previsão de aterrissar por volta das 12h45 locais (13h45 em Brasília) de domingo (7), segundo informações do terminal aéreo.

A imprensa foi convocada pelo Ministério das Relações Exteriores pouco antes do meio-dia.

 

Fonte: Jovem Pan