Os policiais penais de Peixoto de Azevedo (690 Km de Cuiabá), aderiram nesta sexta-feira(17), à paralisação da categoria deflagrada esta semana em nível de estado.

Pela manhã, agentes prisionais e familiares de reeducandos realizaram uma manifestação em frente à cadeia pública do município.

Com faixas e cartazes, os participantes procuraram chamar a atenção das autoridades, principalmente do Governo do Estado, demonstrando que a polícia penal é de vital importância para a segurança pública.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen) Amaury das Neves, as unidades prisionais não vão receber nenhum preso novo, visitas, banho de sol e visita de advogados nas penitenciárias foram suspensas.

Além disso, foram suspensas atividades extras, atendimento judicial e de saúde, escoltas, recebimento de mercadoria, entrada de qualquer veículo e saída de presos para trabalhos fora das penitenciárias.

Ao todo, na Cadeia Pública de Peixoto são 32 agentes, enquanto no estado são aproximadamente 3 mil policiais penais.

Reinvindicações

Os policiais penais estão em negociação com o governo do estado para cobrar a valorização salarial e equiparação da remuneração com a de outras categorias da segurança pública.

No caso específico de Peixoto de Azevedo, os policiais penais cobram também agilidade na conclusão das obras da nova cadeia pública, que segundo informações, estaria em fase final de execução. A unidade prisional atual não oferece as mínimas condições de trabalho aos servidores, além das condições sub-humanas aos quais os reeducandos são submetidos.

Durante a assembleia de votação foi apresentada pelo sindicato o posicionamento do governo de Mato Grosso quanto ao pedido de valorização salarial.

Conforme o sindicato, na última terça-feira (7), o secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, informou que a reivindicação não será atendida.